Ex-presidente participou de lançamento de um livro que reúne artigos de Fernando Haddad, Eugênio Aragão e da própria Dilma
Correio Braziliense/Site Estado de Minas
Postado em 14/06/2019 07:23
A imagem da caap do site Multisom foi retirada de arquivos da internet/Google
Na conclusão de uma palestra proferida nessa quinta-feira (13), na Universidade de Brasília (UnB), a ex-presidente Dilma Rousseff disse que “há uma luz no meio do túnel”. À pergunta sobre se estava se referindo aos diálogos entre integrantes da Lava-Jato publicados pelo site The Intercept, ela disse que se referia ao povo na rua.
“Não importa se é pela vaza-jato. O importante é que o povo saiba o que acontece na Lava-Jato”, disse. Segundo Dilma, “a mobilização das pessoas vai criar lideranças”.
A petista participou nesta quinta-feira (13/6) do lançamento do livro In Spite of You: Bolsonaro and the New Brazilian Resistance (Apesar de você; Bolsonaro e a Nova Resistência Brasileira), editado pelo inglês Conor Foley, doutor em filosofia e direito internacional e pesquisador do Centro de Direitos Humanos da Universidade de Nottingham.
Segundo ele, o livro foi escrito em inglês, “para falar ao mundo o que está acontecendo no Brasil”. O livro reúne artigos de Dilma, Fernando Haddad, Eugênio Aragão, ex-ministro da Justiça no último governo da presidente Dilma, entre outros autores.
“Eu estou indo para a China daqui a pouco, e o Aragão me fez mudar a rota para Brasília, para estar aqui hoje (nessa quinta-feira, 13), o que não é exatamente uma linha reta, mas, como estamos em tempos tortuosos, eu aceitei, com prazer”, disse no início de sua fala de cerca de uma hora em que disse ter mais clareza do processo iniciado entre 2013 e 2014, que passou pelo processo de impeachment que a afastou da Presidência da República em 2014 e culminou na eleição do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a ex-presidente, está em curso um processo de instauração de um projeto “neoliberal, neofascista de permanência da supremacia branca no poder”.
Dilma disse a João Vicente Goulart, filho do ex- presidente João Goulart, deposto no golpe militar de 1964, presente no evento, que o país passa por um processo de expropriação de ativos que não é novo e repete aspectos que precederam o golpe militar.