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Deputados estaduais defendem pena de morte para crime grave
Minas Gerais
Publicado em 09/08/2019

 

Por Orion Teixeira em 8 de agosto de 2019 

ALEM DO FATO/Portal UAI/Site Estado de Minas

A imagem da capa do site Multisom foi retirada de arquivos da internet/Google

Bartô defende pena de morte, da tribuna da Assembleia, foto Guilherme Dardanhan/ALMG

 

Pelo menos dois deputados estaduais defenderam, nesta quinta (8), a adoção da pena de morte, do plenário da Assembleia Legislativa, para autores de crimes graves e reincidentes. Um deles, o deputado Bartô (Novo) fez a defesa ao relatar o caso de um idoso de 87 anos, com mal de Parkinson, que teria tido sua casa, em Montes Claros (Norte), invadida por um homem, que o teria espancado, estuprado e assassinado. “Ainda estamos à mercê de casos como esse. Por isso, venho aqui defender a pena de morte”, disse.

 

Idoso é morto e estuprado dentro de caso em Montes Claros

 

De acordo com o deputado, o autor do crime já havia feito o mesmo com outro idoso. “Faço um apelo às autoridades, para que não deem tratamento especial a esse animal, que não merece o respaldo do Estado”, afirmou.

 

Como ele, o deputado Cleitinho Azevedo (Cidadania) aderiu à tese: “Em alguns casos, acho que tem que ter pena de morte, ou no mínimo, a prisão perpétua”. Em sua intervenção, o deputado João Leite (PSDB) defendeu que “assassinos como esse, que provavelmente teria distúrbios mentais, fossem colocados em manicômios”.

 

A legislação brasileira não admite a pena de morte. Um estudo realizado com 67 pesquisadores norte-americanos, especialistas na temática da pena de morte, e publicado pelo Jornal de Lei Criminal e Criminologia da Universidade de Northwestern, em Chicago, mostra que, para 88,2% deles, a pena de morte não tem qualquer impacto sobre os níveis de criminalidade. Para eles, não existem quaisquer dados ou estudos provando a relação entre a pena de morte e a diminuição da criminalidade.

 

Para especialistas, pena de morte não reduz a criminalidade

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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