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Escolas deverão exigir carteira de vacinação na matrícula, decide CAE
Política
Publicado em 18/02/2020

Da Redação | 18/02/2020, 12h42/Por Agência Senado

A iamgem da capa do site Multisom é meramente ilustrativa e foi retirada de arquivos da internet/Google

  • Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião com 13 itens. Entre eles, turno suplementar do substitutivo oferecido ao PLS 28/2017, que estende a surdos isenção de IPI na compra de carro zero.  À mesa, vice-presidente da CAE,senador Plínio Valério (PSDB-AM).  Bancada: senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), em pronunciamento; senador Reguffe (Podemos-DF); senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB); senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE);  senador Prisco Bezerra (PDT-CE).  Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Texto aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos não impede a matrícula caso a carteira não esteja em dia - Jane de Araújo/Agência Senado

 

Proposições legislativas

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira (18), projeto do senador Wellington Fagundes (PL-MT) para determinar que as escolas das redes pública e privada exijam dos pais ou responsáveis, no ato da matrícula ou rematrícula, a apresentação da carteira de vacinação dos estudantes, atualizada segundo a faixa etária. O texto, porém, não impede a matrícula caso a carteira não esteja em dia. O PL 5.542/2019 segue para análise da Comissão de Educação (CE), à qual caberá a decisão final.

Pelo texto, se a escola identificar omissão na imunização, deverá comunicar à unidade básica de saúde responsável pela vacinação da criança para que seja regularizada a situação num prazo de 30 dias. Em caso de descumprimento da lei pelos responsáveis, a escola deverá comunicar a negligência ao conselho tutelar. Outra medida prevista no texto é que, no caso de crianças alérgicas ou que apresentem contraindicação à vacina, os pais ou responsáveis deverão apresentar justificativa médica para a não imunização.

Para Wellington, é indiscutível a importância que as vacinas têm para a proteção à saúde, principalmente durante a infância. Segundo ele, são vários os motivos para que muitas crianças brasileiras deixem de ser vacinadas, como a falta de informação dos pais ou responsáveis e a pobreza, e até mesmo razões de ordem subjetiva, como superstições, mitos e credos religiosos. O problema para ele é que, quando os grupos antivacinas se multiplicam, não afetam apenas eles próprios, mas também todos os que não podem ser imunizados, seja porque ainda não têm idade suficiente ou porque sofrem de problemas imunológicos. A exigência ajudaria a mudar esse cenário.

O relator, senador Rogério Carvalho (PT-SE), considera a medida relevante e destacou que ela não causa qualquer ônus financeiro.

A senadora Kátia Abreu (PDT-TO) comemorou a aprovação do texto, uma exigência importante para a saúde pública, na opinião dela.

— Essa é uma burocracia, uma exigência que faz bem à população, aos indicadores do país e aos cofres [públicos], que é a vacinação — disse.

 Queda dos índices

A queda ou estagnação dos índices de vacinação é um fenômeno mundial. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 20 milhões de crianças em todo o mundo não foram vacinadas contra doenças como o sarampo, a difteria e o tétano em 2018. Essa situação resultou em surtos de sarampo em muitas partes do mundo, incluindo países com altas taxas de vacinação em geral, como o Brasil. Em 2018, quase 350 mil casos de sarampo foram registrados em todo o mundo, mais que o dobro do verificado em 2017. No Brasil, até setembro de 2019, foram confirmados pelo Ministério da Saúde 2.109 casos, mais de 98% deles no estado de São Paulo.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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